Complementar a aposentadoria do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é uma necessidade de todos os trabalhadores que ganham mais de um salário-mínimo. E isso é ainda mais imprescindível para quem tem remuneração superior ao teto de benefícios pagos pela Previdência Social, atualmente em R$ 5.531,31. A queda de renda para quem não poupa para a aposentadoria pode ser de até 74,5%, conforme pesquisa da consultoria Mercer Gama. O estudo revela que o problema é uma realidade para milhões de brasileiros. O crescimento das despesas na velhice e a obrigação de sustentar cônjuges, filhos e netos levaram 31% dos aposentados a voltar a trabalhar ou a postergar o requerimento da aposentadoria.

Nem só empresas e governos mantêm planos complementares para os empregados. Algumas categorias, como médicos e advogados, por meio de associações e sindicatos, oferecem planos instituídos. Nesses casos, porém, os aportes de recursos são feitos exclusivamente pelos participantes. A Abrapp estima que 6,6 milhões têm potencial para aderir a planos instituídos.

Estudo mostra que 73% dos brasileiros reduzem o padrão de vida na inatividade porque não poupam para a velhice e o benefício pelo INSS é insuficiente para manter o nível de despesas. Aderir a um plano complementar ajuda a evitar o problema.

E isso é ainda mais imprescindível para quem tem remuneração superior ao teto de benefícios pagos pela Previdência Social, atualmente em R$ 5.531,31. A queda de renda para quem não poupa para a aposentadoria pode ser de até 74,5%, conforme pesquisa da consultoria Mercer Gama.

O estudo revela que o problema é uma realidade para milhões de brasileiros. O crescimento das despesas na velhice e a obrigação de sustentar cônjuges, filhos e netos levaram 31% dos aposentados a voltar a trabalhar ou a postergar o requerimento da aposentadoria. O adiamento da inatividade ocorreu, explica o presidente da Mercer Gama, Antônio Gazzoni, porque os trabalhadores não tinham se planejado para ter uma renda de, no mínimo, 80% do último salário.

Para estimar a queda de renda, o levantamento levou em conta trabalhadores com salário de R$ 2.560 a R$ 20.317 antes de passar à inatividade. Na primeira hipótese, o segurado do INSS receberia aposentadoria de R$ 1.767, equivalente a 69% do último contracheque. O cálculo considera a aposentadoria de homens com 60 anos de idade e 35 de contribuição, além de mulheres com 55 anos e 30 de pagamentos regulares à Previdência. Nesses casos, não há incidência do fator previdenciário, e sim da fórmula 85/95.

A garantia de 69% do valor do último salário, aponta a pesquisa, é obtida por aqueles com rendimento de até R$ 6.658 na atividade. Os trabalhadores com remuneração final de R$ 8.024 mantêm 58,9% desse valor com o benefício pago pelo INSS. A queda de renda é mais profunda para os trabalhadores com nível salarial maior. Para quem ganhava R$ 14.853, o teto do INSS equivale a 34,1% da remuneração. Quem embolsava R$ 20.317 receberá apenas 25,5% desse valor.

Gazzoni explica que a redução do nível de renda em relação ao último salário será ainda maior se a reforma da Previdência for aprovada, com idade mínima de 65 anos e necessidade de 49 anos de contribuição. Nesse caso, quem requerer o benefício com remuneração final entre R$ 2.560 e R$ 6.658 terá apenas 63% desses valores como aposentadoria.

“A reforma trará ainda mais desafios para a população que precisa poupar para arcar com o aumento de despesas na velhice. E uma alternativa para suprir essa necessidade é aderir a um plano de benefícios”, diz.

“Aderir ao regime de previdência complementar fechado é uma alternativa para quem não quer sofrer com a queda de renda. Os fundos de pensão não visam lucro e a rentabilidade líquida é revertida em favor dos participantes e assistidos”, destaca Gazzoni, da Mercer Gama.

Fonte: Correio Brasiliense

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